Moradora do Bairro São Mateus, considerada uma das regiões com maior índice de mortalidade juvenil no país, a mediadora juvenil Danielle Pereira da Silva de 18 anos, formada pelo Projeto MESC (Mediação de Conflitos no Ambiente Escolar) relatará sua experiência no programa nesta quinta-feira (01/10) durante o 4º curso preparatório para defensores públicos de Minas Gerais. O Projeto MESC, que tem como lema “Paz em Ação”, será apresentado pela defensora pública Francis de Oliveira Rabelo Coutinho, criadora e coordenadora da ação.

 

Iniciativa pioneira no Brasil, no âmbito das Defensorias Públicas, o Projeto MESC trabalha a atuação extrajudicial do defensor público por meio de seu envolvimento com atividades de empoderamento da comunidade com as escolas públicas utilizando a técnica da mediação de conflitos. “A intenção é sensibilizar, capacitar e criar mediadores multiplicadores do diálogo construtivo, e, ainda mais, levar a ideia do conflito como a manifestação da ordem democrática, não transformando-o em violência. O defensor público trabalha como agente de cidadania e transformação social, co-construindo com os atores da escola uma ambiência de gestão de conflitos com o olhar positivo”, explica a coordenadora do projeto.

 

Com parceiria da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais e com o apoio da Defensoria Pública, o Projeto MESC começa a ser ampliado para outras comarcas do estado. Em novembro, por meio da Coordenadoria de Convênios e Projetos (CooProc) da Defensoria Pública mineira, será realizado um curso destinado aos defensores públicos que queiram replicar o projeto.

 

 Prêmio Innovare

 

A prática inovadora e de mudança de realidade recebeu em julho a visita de um consultor do Prêmio Innovare, que conheceu o Projeto MESC na Escola Estadual Deputado Renato Azeredo, em Vespasiano, uma das escolas piloto e polo da ação. Os finalistas do XII Prêmio Innovare serão divulgados nesta sexta-feira (02/09).

 

Durante a visita do consultor foram apresentados os trabalhos desenvolvidos no Projeto MESC com a presença de diversos parceiros e participantes das escolas que integram o programa, provenientes dos municípios de Sabará, Contagem e Vespasiano.

 

“Sem dúvidas, a mediação enquanto instrumento democrático de convivência cidadã na escola e fora dela, incentivadora do diálogo construtivo e acesso à justiça construído pelas partes, é o caminho que alcança, cada vez mais, os cidadãos pela paz nas relações com consenso”, avaliou Francis Rabelo.

 

Danielle Richier e Lucas Oliveira, mediadores juvenis, com a defensora pública Francis Rabelo

 

 

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