O Centro de Eventos Mega Space, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi o local onde 28 casais residentes no distrito de São Benedito tornaram-se oficialmente “marido e mulher”. Realizado nesta terça-feira (30/11) pela Defensoria Pública de Minas Gerais com o apoio de vários setores da comunidade e da ADEP-MG, o Casamento Comunitário reuniu autoridades locais, familiares e amigos dos noivos. O diretor de Assuntos Institucionais e Parlamentares da ADEP-MG, Flávio Aurélio Wandeck Filho representou a Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais no evento.
O projeto criado pela Defensoria Pública em 2009, possibilita aos casais que não possuem condições de arcar com as despesas de um casamento, a formalização de uniões estáveis. Um de seus objetivos é promover a estruturação dos vínculos familiares e garantir direitos assegurados pelo casamento. Para esta primeira edição em Santa Luzia foram disponibilizadas 50 vagas. Os interessados se inscreveram nos meses de agosto e setembro na Defensoria da comarca.
Noivas de diferentes faixas etárias, muitas delas vestidas de branco e trazendo nas mãos um buquê de flores, chegaram acompanhadas de noivos, testemunhas, filhos e em alguns casos, netos.
Roseneide da Silva Leal e Sinval Santos Leal vivem juntos há oito anos. Ambos vindos de relações anteriores. Ela com três filhos e ele, dois. Oficializar a união era um sonho que o casal vinha protelando. “Nós sempre tivemos vontade de casar de papel passado, mas faltava condição. Quando surgiu essa oportunidade nós agarramos”, explicou Sinval.
Outra que não perdeu tempo foi Zelita Batista da Costa Santos . Há trinta anos vivendo com Aprígio Barbosa dos Santos, com quem tem um casal de filhos, conversou com o companheiro e juntos decidiram que havia chegado a hora. Para Zelita, era a realização de um sonho que Aprígio, muito prático, não se recusou a realizar. “Ela queria muito isso, como não teríamos que gastar nada, aproveitamos a oportunidade”, destacou o noivo que, pouco depois, voltou à presença da juíza para apadrinhar um sobrinho que também formalizava uma união estável.
Larissa e Wesley Ferreira vivem juntos há cinco anos e têm um filho de dois anos. Ainda se referindo ao companheiro como “namorado” ela conta que assim que souberam da ação promovida pela Defensoria Pública começaram os preparativos. “Se não fosse por essa oportunidade que a Defensoria Pública nos deu, o casamento ainda demoraria. Meu ´namorado´ estava desempregado, só agora conseguiu um emprego”.
Com Sheila Rodrigues dos Reis não foi diferente. Pais de dois meninos, de seis e três anos de idade, o casal comemorou ao ouvir a notícia sobre o casamento comunitário e foi um dos primeiros a inscrever-se. “Casamento gera muita despesa, nós não tínhamos condição de pagar. Agora sim, somos oficialmente casados”, celebrou o noivo, Felipe dos Santos Oliveira.
Os casamento foram realizados pela juíza de Paz Lidiane Michelle de Barcelos, de Santa Luzia. Os noivos receberam as bençãos do pastor Emerson Ferreira, da comunidade Resgate, também de Santa Luzia.
Ascom ADEP-MG – Fotos Ascom/Edilma Dias
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