A Defensoria Pública de Minas Gerais empossou na manhã desta sexta-feira (05/03) 21 novos defensores públicos provenientes do 8º concurso da carreira. A cerimônia, realizada de forma restrita devido à pandemia, contou com transmissão on-line. Com a chegada das novas defensoras e dos novos defensores públicos, a Defensoria Pública mineira passa a contar com a atuação de 675 profissionais.

Representando os empossados, os oradores Bráulio Santos Rabelo de Araújo, Carlos Eduardo Vieira da Silva e Isadora Vieira Amorim Santos reforçaram que os Direitos Humanos são frutos de lutas, mobilização e resistência, mas que ao longo dos anos são disputados e estão sempre em riscos. Atualmente, segundo os oradores, esses Direitos Humanos sofrem uma “involução” e que cabe às defensoras e aos defensores públicos serem instrumentos de defesa da Constituição e da democracia, de resistência contra a redução dos direitos fundamentais e de luta para ampliação dos já conquistados.

O papel da mulher na construção da democracia e da própria Instituição também foi pontuado, sendo citadas algumas defensoras que contribuem para o crescimento da Defensoria Pública. Os novos defensores também abordaram as diversas formas de racismo e a necessidade de uma luta e ações antirracistas.

“Seja em respeito a memória de todos aqueles que nos permitiram chegar até aqui, seja pelo dever de cuidado por aqueles que nos sucederão, seja pela urgência da dor daqueles que nos procuram, não podemos, como defensores e defensoras, sermos cumplices e omissos com relação a esse quadro inaceitável de desigualdade, exclusão, e de violências físicas e simbólicas cotidianas a que estão submetidas a maioria de nossa população”.

Ao uso da palavra, o presidente da ADEP-MG, Fernando Campelo Martelleto deu as boas-vindas aos novos defensores públicos de Minas Gerais. Na ocasião, o diretor homenageou as defensoras públicas Maria Auxiliadora Viana Pinto e Maria da Consolação de Souza e Paulo, que nesta data do dia 05 de março de 2021, completam 14.610 dias de atuação na carreira, o equivalente a 40 anos.

“Vou apenas exortá-los a refletirem sobre o necessário e salutar equilíbrio entre o antigo e o novo. A valorização das lutas e das conquistas daqueles que nos precederam, bem como a dedicação à carreira com um olhar mais humanizado para os nossos assistidos, razão da existência da nossa Instituição. Contribuindo assim, para a promoção do bem comum, e o engrandecimento da Defensoria Pública. Oxalá cheguemos aos 40 anos de carreira como as nossas valorosas colegas decanas, Maria Auxiliadora e Maria da Consolação, conservando o brilho no olhar e o vigor entusiasta para combater o bom combate na defesa dos nossos assistidos”, disse Martelleto.

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