O Congresso Nacional promoveu, nesta quarta-feira (17/05), sessão solene em alusão ao Dia Nacional da Defensoria Pública, Dia da Defensora Pública e do Defensor Público. A solenidade contou com a participação presencial de mais de 100 defensoras e defensores públicos estaduais e federais de 24 estados. O vice-presidente da ADEP-MG, Rômulo Carvalho, e o diretor para assuntos institucionais e parlamentares, Maxnei Gonzaga, participaram da sessão solene.

 

O requerimento da sessão foi um pleito da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP) e da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Federais (ANADEF), apresentado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) e pela deputada federal Jack Rocha (PT-ES).

 

Compuseram a tribuna de honra: o senador Fabiano Contarato (PT-ES); a deputada Jack Rocha (PT-ES); a presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte; o presidente do CONDEGE, Florisvaldo Fiorentino; o presidente da ANADEF, Eduardo Kassuga; e o defensor público geral da União em exercício, Fernando Mauro Barbosa de Oliveira Júnior.

 

 

Também estiveram presentes na solenidade o subdefensor público-geral, Nikolas Stefany Macedo Katopodis, o assessor de planejamento e infraestrutura da DPMG, Adhemar Della Torre Netto, a defensora pública e associada Adriana Patrícia Campos Pereira e o defensor público Flávio Wandeck, acompanharam a solenidade de lançamento da campanha.

 

Discursos

 

Em sua fala, o senador Contarato chamou atenção para as questões dos direitos das pessoas vulneráveis e do esforço institucional da Defensoria Pública em todas as esferas, como na garantia dos direitos das pessoas com deficiência e tantas outras. Para o parlamentar, a criação e fortalecimento da Defensoria Pública espelham o ganho em qualidade de vida para todos os brasileiros em condições de hipossuficiência.

 

“O órgão personaliza a garantia dos direitos humanos por meio da oferta da assistência jurídica integral e gratuita. São agentes de transformação social. Devem receber, portanto, a homenagem em razão do 19 de maio e toda a atenção do Poder Executivo e Legislativo. Obrigada por plantar e fazer brotar esperança no terreno árido da hipossuficiência”, pontuou o senador.

 

Contarato completou afirmando que o esmero com defensoras e defensores públicos exercem seu trabalho faz com que o Brasil se torne um país mais justo e menos desigual. As pessoas que a Defensoria Pública representa têm muito pouco ou quase nada. Mas, a partir do momento que têm o amparo das defensoras e dos defensores públicos, passam a ter esperança”, declarou.

 

Em seguida, a deputada Jack Rocha afirmou que celebrar o Dia Nacional da Defensoria Pública é celebrar a democracia e o fortalecimento do acesso à justiça. “É muito nobre a atuação da Defensoria Pública num país em que a pobreza está presente e atinge milhares de lares brasileiros. A nobreza e a humanidade são traduzidas na atuação das defensoras e defensores públicos. Portanto, a Defensoria Pública é a guardiã que oferece garantias de direito ao nosso povo e todos àqueles e àquelas que estão em situação de vulnerabilidade”, afirmou.

 

De acordo com a parlamentar, a estrutura da Defensoria Pública no país está aquém das necessidades. Ela defendeu que a distorção seja corrigida para que o órgão possa atender com celeridade.

 

Em seu discurso, o presidente do CONDEGE, Florisvaldo Fiorentino, também chamou atenção para a necessidade de investimentos na Defensoria Pública, a partir do cumprimento da EC 80/2014. “Avançamos, é verdade, mas os dados demonstram que as Defensorias Públicas dos estados e do DF só estão em cerca de 50% das unidades do território nacional. Com esforços institucionais tentamos atingir o maior contingente possível, mas nosso desafio é enxergarmos e trabalharmos um outro ponto dessa equação para atingir justamente a população que ainda não tem acesso ao seu direito estabelecido no artigo 134 da Constituição”, disse.

 

Por sua vez, Rivana Ricarte trouxe para a Tribuna do Senado um panorama da Defensoria Pública. Segundo a dirigente, a sessão solene é um espaço para refletir sobre o presente da Instituição para a construção de um futuro. Ela afirmou que não há como promover justiça nem garantir cidadania para milhares de brasileiros sem o trabalho de defensoras e defensores públicos.

 

Em seguida, ela pontuou que celebrar a Defensoria Pública é celebrar o movimento. “É celebrar a construção de espaços onde o trabalho de defensoras e defensores públicos, de servidores e colaboradores resultam na instrumentalização dos direitos de milhares de pessoas em situações de vulnerabilidade”, disse.

 

Rivana Ricarte concluiu sua fala afirmando que a presença das Defensorias Públicas forte e valorizada em todo território nacional é decisão de Estado. “Estado que pode efetivamente existir e que certamente contribuirá cada vez mais para a democratização do acesso à justiça e à promoção da cidadania no Brasil”.

 

 

Com informações e fotos da ANADE`P

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